ULTRASSONOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DE ENDOMETRIOSE PROFUNDA: A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO DA TÉCNICA
Ana Paula de Oliveira Silveira
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4701-7518
Lattes: http://lattes.cnpq.br/0723075548225950
E-mail:silveiraanap97@gmail.com
Astrid Boller
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-8855-7238
E-mail: astridboller@gmail.com
Celise Martins Sant’Ana
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4429-4050
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7879757356020565
E-mail: celisenut@gmail.com
Letícia Aquino Sousa
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7441-5044
E-mail: let.aquinos@gmail.com
Luis Henrique Santana Luz
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5190-1413
E-mail: luis_santana@hotmail.com
Sofia Helena Marques Rocha
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7177-8296
E-mail: mail: sofiahmrocha@hotmail.com
DOI-Geral: http://dx.doi.org/10.47538/RA-2022.V1N4
DOI-Individual: http://dx.doi.org/10.47538/RA-2022.V1N4-16
RESUMO:
Objetivos: Demonstrar por meio de revisões bibliográficas, a relevância da realização do exame de imagem, sobretudo a ultrassonografia transvaginal e pélvica, para o diagnóstico da endometriose profunda, enfatizando seu preparo adequado e sua execução por um médico capacitado. Relato de Experiência: J.O.S. de 28 anos, procurou ambulatório de ginecologia, com dismenorreia há dez anos, com piora progressiva. Iniciou tratamento usando anticoncepcional oral combinado, com melhora parcial e subsequente piora. Realizado vários tratamentos, sem sucesso, a fim de suspender a menstruação, com contraceptivos orais combinados, sem intervalos. A paciente continuou apresentando períodos álgicos e dispareunia. Foi submetida a inúmeras ultrassonografias sem alterações significativas. Iniciou quadro de dor intensa, decidindo procurar um centro de referência com ultrassonografista experiente, sendo feita a ultrassonografia transvaginal e pélvica, com preparo intestinal. Assim, foram evidenciados nódulo sendometrióticos profundos em alça intestinal, sendo diagnosticada com endometriose profunda. Considerações Finais: Entende-se endometriose profunda como uma lesão penetrante na parede de órgãos pélvicos, intestino, bexiga e outros sítios mais distantes, tendo prevalência entre 5% a 10% da população feminina em idade reprodutiva. A clínica associada ao exame físico traz a hipótese de endometriose, mas é necessária a realização de exames auxiliares. O ultrassom transvaginal e pélvico, com preparo intestinal adequado e a ressonância magnética, são os principais métodos de imagem para detecção. O médico examinador deverá avaliar os locais mais frequentemente acometidos a fim de diagnosticar o mais precocemente possível, evitando agravamentos e iniciando o tratamento, importante para a melhora da dor e da funcionalidade da paciente.
PALAVRAS-CHAVE:
Ultrassonografia. Endometriose profunda. Diagnóstico por imagem. Endometriose. Imagem por Ressonância Magnética.
BIOGRAFIA DO AUTOR:
Ana Paula de Oliveira Silveira
Graduando de Medicina na Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (FASEH) no 9° Período. Representante de turma no 1°ano (2018/2019) da graduação. Atuou como membro do projeto de extensão MEDICIRCO nos anos de 2019 a 2021. Ex-membro ligante da Liga de Epidemiologia da FASEH (2020) . Em 2020 atuou como membro da Comissão Cultural da SAMMG (Sociedade Acadêmica de Medicina de Minas Gerais) e atualmente ocupa o cargo de Diretora Cultural da gestão SAMMG 2021. Em 2021 atuou como secretária-geral da Liga de Clínica Médica da FASEH. Em 2021/2022 foi monitora da disciplina Habilidades Médicas.
Astrid Boller
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais(1990), especialização em Ultrassonografia pela Universidade Federal de Minas Gerais(1993), mestrado em Medicina (Obstetrícia e Ginecologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais(1994), ensino-medio-segundo-graupelo colegio pitagoras(1983), residencia-medicapela Universidade Federal de Minas Gerais(1993), aperfeicoamento em Colposcopia pela Universidade Federal de Minas Gerais(1990) e aperfeicoamento em Nutrologia clinica pelo Associação Brasileira de Nutrologia(2006). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em ginecologia e obstetricia.
Celise Martins Sant’Ana
Possui graduação em Medicina pela Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (2022) e graduação em Nutrição pela Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações (2010).
Letícia Aquino Sousa
Médica, formada na Faculdade da Saúde e Ecologia Humana - FASEH.
Luis Henrique Santana Luz
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana
Sofia Helena Marques Rocha
Possui graduação em Medicina pela Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (2022). Atualmente trabalha na UPA 24h Prefeito Luiz Issa, em Vespasiano, atuando na clínica pediátrica e no Centro de Promoão da Saúde Unimed Pedro I, em Belo Horozonte, atuando na clínica médica.
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COMO CITAR:
SILVEIRA, A. P. O.; BOLLER, A.; SANT’ANA, C. M.; SOUSA, L. A.; LUZ, L. H. S.; ROCHA; S. H. M. Ultrassonografia para o diagnóstico de endometriose profunda: a importância do domínio da técnica. Revista Eletrônica Amplamente, Natal/RN, v. 1, n. 4, p. 215-226, out./dez. 2022
Publicado: 28/12/2022
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